sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O Décimo filho - Cap 2- Vamos ao parque?

Quando fomos ao primeiro congresso em nossa igreja eu completava 6 anos de idade. Não me lembro muito bem, mas passamos bastante tempo dentro do ônibus e em duas cidades- São Paulo e Santa Catarina.
No ônibus, eu e minha irmã aprontávamos todas - entre brigas e brincadeiras. Certa noite ela estava sentada na poltrona ao lado de minha avó e eu ao lado de minha mãe. Pelo reflexo da janela, mana conseguia me mostrar a língua e me irritar a ponto de eu reclamar com minha mãe. Sempre brigamos muito, mas ficamos bem depois.
Chegamos à cidade de São Paulo e fizemos várias compras durante o dia; foram compras realmente boas, pois eram coisas de qualidade relativamente boa a um preço acessível. Pela parte da noite, minha mãe me deu mingau e eu apaguei; estava em um sono tão profundo que minhas mãe, irmã, tia e avó saíram e me deixaram no quarto por não conseguirem me acordar - não tinha comida no hotel e elas realmente tinham que sair. No dia seguinte fomos às compras mais uma vez e quase nos perdemos do pessoal da igreja.
Alguns dias depois estávamos em Santa Catarina nos preparando para ir a um dos maiores (ou o maior) parques da América Latina, O Beto Carrero World! Aquele passeio foi realmente mágico…
O carrossel na praça de alimentação é uma das lembranças mais vívidas em minha mente. Eu sempre fui bastante agitado e ficava pior com fome; porém, aquele brinquedo me conquistou de um modo impressionante. Todos os cavalos, “poltronas” e luzes o faziam parecer outro mundo, e seu tamanho era a parte principal. Realmente era outro mundo; um local sem erros e tristezas - me perguntei se Deus viveria em um lugar assim. Então eu caí no chão da praça de alimentação. Estava caminhando distraído pelo carrossel…
-Menino, levanta ainda temos muito o que ver! - Minha mãe ria de meu tropeço.
-Só tu, mano! - Minha irmã quis tirar graça comigo e eu lhe mostrei a língua.
-Vocês já vão começar?!
Depois disso vieram o zoológico, o assalto ao trem, algumas montanhas russas e trens fantasmas, a casa do terror, a caverna dos piratas, um brinquedo que nos jogou água e muitos outros. No fim do dia, passamos novamente pela praça de alimentação e pela lojinha - não compramos nada na lojinha, mas nossas barriguinhas estavam cheias.
No dia seguinte fomos à igreja em que estava ocorrendo o culto principal do congresso. Eu não entendi muita coisa. Mas foi bom como eles nos ensinaram a orar; disseram que há uma sequência lógica para seguir que é descrita quando Jesus ora o Pai Nosso: o reino de Deus antes de todas as coisas, então as nossas coisas. Foi bastante inspirador e, naquela noite, eu já pude praticar essa sequência.

O ponto final da viagem era o Paraguai. Minha mãe decidiu que seria mais divertido ir às compras que ir às Cataratas do Iguaçu. Talvez teria sido realmente mais divertido; mas não compraríamos a bola que ainda guardo de recordação no fundo do armário.

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