sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Tec-Tec - Cap 4

A festa no Centro Kokoro foi muito bonita e agradável. Algumas apresentações e bastante comida nortearam aquela tarde. RI Ta teve de ficar em casa; ela tem sérias complicações em certa época do mês. Voltei sozinha pelo metrô depois de arrumar algumas coisas da festa.
A estação não estava vazia, mas não tinha tantas pessoas quanto costumava neste horário. Sentei em um banco para esperar e pude ver um espelho do outro lado dos trilhos; abaixei a cabeça para amarrar os cabelos (coisa que RI Ta me ensinou) e, ao levantar, pude ver - no espelho - alguém totalmente de preto ao meu lado. Olhei em volta e não havia ninguém, bem as pessoas de antes.
Fiquei paralisada ao voltar e olhar para o espelho e ver que a pessoa movia o braço lentamente. Me perguntava o que era aquilo e o porquê de estar acontecendo comigo. Finalmente sua mão tocou meu ombro e eu senti um estranho conforto; era algo gelado, mas suave.

O metrô passou e, ao perder o contato visual com o espelho, voltaram as pessoas e o barulho normal da estação. Aquele era o que eu estava esperando; então andei lentamente até ele. Pude ver o espelho quando partíamos, mas não havia nada anormal lá.

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