sábado, 26 de agosto de 2017

Concurso cuplover e a fada do reino

Eae, pessoal\o/ como vocês estão?
Eu participei de um concurso a alguns tempo e resolvi postar a estória aqui. Espero que gostem.
P.S.: Chamei-a de A fada do reino.

Início​ ​-​ ​Prólogo
Aconchegue-se na cama e deixe-me lhe contar uma história. Era uma vez um lugar, não tão
longe daqui, que passava o tempo de maior prosperidade em sua história. Vários outros
reinos tinham inveja e cobiçavam o sucesso desse lindo povoado; pois, no resto do mundo,
havia grande escassez.
Nesse recanto não havia rei; contudo, o líder era escolhido entre as pessoas que mais se
destacavam por seus bons hábitos. A família que o geria naquela época eram os Sky,
conhecidos por gerações e gerações de administradores da aldeia. Eram bons de coração e
justos com as pessoas, sejam nativos ou forasteiros. A abundância daquele lugar veio de
muito esforço ao plantar, colher e guardar diversos tipos de alimentos para o tempo de
estiagem que já estava previsto.
Doutor Roberto Sky era o homem mais velho de seu clã e liderava o povoado com grande
sabedoria e bondade. Casado com Mariana Sky, seu contrapeso na gestão - sendo rígida,
tiveram dois filhos; Alice e Alan. A família vivia em harmonia com os outros clãs da aldeia e
tinham, junto com seu grupo de conselheiros, grande peso sobre as decisões do povo. A
equipe de mentores era composta pelo casal Sky, os anciãos e os generais; totalizando 15
pessoas.
O conselho mobilizou a todos e conseguiram se preparar para a “grande carência”. As
aldeias e reinos vizinhos zombavam deles pelo seu esforço, pois não viam sentido naquilo;
até que a fome chegou e pôs à prova a gestão de cada pedaço de terra. Tomados de ira e
inveja, os líderes destes povoados começaram a planejar um ataque para roubar os
mantimentos e destruir tudo, de forma que esse povo nunca mais se erguesse.
-Credo, que pessoas ruins. - A menina, no meio dos travesseiros, murmurou.
-Eram mesmo… - A tutora suspirou. - Posso continuar?
-Pode sim!
Era noite. A única voz que poderia ser ouvida vinha de Mariana, ela adorava contar histórias
para as crianças da aldeia em noites escuras. Todas se reuniam em um antigo casebre, que
ninguém sabia a quem pertencera, para ouvir a doce voz ao contar fatos históricos daquele
povoado; os quais, ela cresceu ouvindo. De repente, começou uma correria fora do
casebre; a jovem mulher olhou pela janela e se apavorou com as atrocidades cometidas
contra seus conterrâneos.
-Crianças, em algum lugar por aqui existe uma passagem secreta. Procurem embaixo do
tapete e nas paredes. Quando acharem, saiam correndo e não olhem para trás. Estamos
sob ataque e vocês têm que fugir. Lembrem-se do nosso lema: amor por princípio, ordem
por meio e progresso por fim. Agora vão! - Mariana cuspiu essas palavras, pegou um
pedaço de madeira jogado por lá e saiu da casa; deixando as crianças sozinhas.
-Vocês ouviram, estamos em ataque. - Alan bradou. - Assim que acharem a saída, avisem
aos outros.
A correria dentro do casebre não foi percebida e os pequenos conseguiram fugir com
sucesso pela passagem - que, curiosamente, estava embaixo do tapete. O túnel submerso
dava em uma caverna; e esta, em uma praia.
Capítulo​ ​1
A​ ​descoberta​ ​da​ ​estrela
Na praia, era possível ver barcos vazios, o bosque e mais cavernas. A mata seria uma boa
opção de fuga, pois teriam comida e abrigo; porém, estava de noite e muito escuro. Ascrianças ficaram se perguntando o que fazer até que decidiram fugir pelo mar. Assim que
estavam bem longe da margem, puderam ver vários guerreiros na praia. Alguns tentavam
nadar até eles; porém, suas armaduras eram pesadas demais e os fazia afundar.
Muitas crianças choraram naquela noite, tanto de saudade dos pais quanto de fome e sede.
Contudo, não podiam fazer nada; estavam longe demais da terra.
No dia seguinte, o barco atracou na praia e o solavanco fez as crianças acordarem.
Observaram o local por algum tempo; então, decidiram descer para procurar comida e
abrigo. No fim da tarde, quando todos estavam reunidos e alimentados, concordaram que
toda noite alguns deles voltariam à praia para verificar se os inimigos ainda estavam por lá
ou se poderiam voltar ao lar. Alice foi a primeira a se candidatar, em seguida Guilherme,
Alan e Sofia; formando a primeira equipe. Se organizaram e partiram.
Ao se aproximarem da praia, viram alguns animais noturnos pastando nas margens.
Desceram dos botes e vasculharam o local. Nem sinal dos adversários. Quando se
preparavam para partir, Alice percebeu um estranho brilho dentro do barco. Estendeu suas
mãos e pegou algo que se assemelhava à uma estrela do mar; porém, tinha luz própria. E
olhos. E boca. Todos ficaram surpresos com aquele ser. O colocaram dentro de uma
lamparina e retornaram à outra margem.
Durante a noite, Sofia levantou e se afastou para chorar. Ela sentia falta de seus pais; que,
mesmo sendo encarados como os mais justos e rígidos generais que o povoado já teve,
eram amáveis e responsáveis com seus filhos. A menina sentou perto de onde o ser estava
e chorou. Sem perceber que aquela coisinha cintilante a observava, Sofia pediu que
houvesse um jeito de reaver seu lar. No momento, houve um clarão que logo se apagou.
Com o susto, a pequena caiu para trás; se machucando. Levantou rápido e percebeu uma
coisa que não estava ali antes: asas. Como as de um pássaro. Ela também se sentia mais
leve fisicamente. Com medo de descobrirem o que aconteceu, foi ao barco e pegou um
sobretudo para esconder sua nova peculiaridade e voltou ao seu lugar.
Capítulo​ ​2
Passeio​ ​pelo​ ​Vale​ ​dos​ ​Unicórnios​ ​Estrelados
Ao acordarem, as crianças decidiram adentrar a mata e procurar um abrigo melhor. Todos
juntos, as maiores cuidando das menores. Passaram por um lugar repleto de árvores altas e
com diversos frutos estranhos; além de pássaros que eles não conheciam. Finalmente,
chegaram a um local sem muita vegetação; o espanto se deu quando Aurora, filha do chefe
de armazenamento e a mais nova do grupo, saiu correndo e bateu de cara em um cavalo.
Ela olhou para cima e pode ver que o animal não era um cavalo, mas um unicórnio. Com
asas e manchas em forma de estrela. Se encolheu no chão, com medo do ser; o unicórnio
se abaixou e cheirou a garotinha. Então a colocou de pé com seu focinho e seguiu seu
passeio.
O silêncio deu lugar ao burburinho. “Você já tinha visto algo assim?” “Eu não!” “Credo, eles
são estranhos.”. Repentinamente, o unicórnio relinchou; assustando a todos, que voltaram a
fazer silêncio.
-Tem que fazer silêncio na casa dos outros, né tia?!
-É sim, querida. Agora me deixe continuar.
As crianças perceberam que não era só um ser, mas haviam vários deles pastando.
Passaram pelo vale pegando algumas frutas que reconheciam ou que também pareciam
servir de alimento para os unicórnios. Chegaram ao fim do vale quando já estava
anoitecendo; porém, decidiram parar ali e dormir.

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