Érica percebeu que a casa estava silenciosa demais e decidiu dar uma volta para ver o que a filha estava fazendo. Ao se aproximar do quarto, a Galinha Pintadinha tocava em alto e bom som. Abriu a porta devagar e viu Natasha dançando loucamente.
-Oi, mãe… - A menina disse encabulada.
-Ah não pare! Você estava dançando muito bem.
-Sério?!
-Sim.
-Que legal!
-Vá tomar seu banho para irmos à casa da sua avó. Ela está nos esperando.
-Tá ok. Só mais essa música.
Natasha começou a dançar novamente, mexendo a cabeça de um lado para o outro. Até que bateu na quina do guarda roupas. Érica correu para ver o ferimento que já sangrava.
-Eita...
-Que foi, mãe? Eu vou morrer?! - A menina dizia, já chorando.
-Não! Se acalme... - Ela colocou uma toalhinha onde sangrava. - Vamos para o hospital.
Já no carro, o google calculava a rota mais rápida enquanto Érica ligava para a mãe.
-Alô. Natasha bateu a cabeça e precisamos ir ao hospital. Vou te mandar a localização exata.
-Tudo bem. Vou arrumar umas coisas aqui e já encontro vocês.
-Vamos, mamãe! - A pequena gritava no banco de trás, desesperada.
-Já estamos indo. Calma.
Elas correram para a emergência, apesar de ter demorado algum tempo até serem atendidas. Logo encontraram a mãe de Érica. Depois de alguns exames e muito choro de Natasha, os médicos concluíram que não era grave e só precisaria de alguns pontos. Houve o procedimento cirúrgico e elas foram mandadas para a sala de repouso. A menina ficaria em observação.
-Mãe, a senhora pode ir. Obrigada por ter vindo.
-Não se preocupe comigo, minha filha. - Ela disse dando-lhe um abraço e fazendo a moça chorar.
-Eu fiquei com tanto medo…
-Está tudo bem agora, querida. Isso é normal. Eu também ficava com medo quando algo acontecia com você.
-Obrigada por vir.
-Tudo bem. Agora descanse. Vá dormir.
-E a senhora?
-Eu vou ficar bem.
-Obrigada, mãe. - Então ela se acomodou em uma poltrona e dormiu.
-Vai ficar tudo bem, minha filha. Você é forte.
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