sexta-feira, 15 de junho de 2018

A casa - redigido em 15/06/2018

Ela acordou ao ouvir as tábuas sendo tiradas de sua porta e os passos apressados. Depois de tanto tempo presenciando os mais diversos tipos de atrocidades, era difícil distinguir o que estava acontecendo em seu interior.
Velas, vinho, uma toalha esticada no chão. Nada parecido com os assassinatos anteriores; porém, ela não estava nenhum pouco interessada em saber o que vinha depois e se ajeitou para dormir novamente. Se ao menos ela podesse fazer algo para impedir...
Então uma gargalhada cortou o ar e fez tremer seus alicerces. Nada comparado ao que tinha ouvido antes. Uma gargalhada sem maldade. Seguida de um beijo - se bem que ela nem sabia o que era aquilo. Só percebia que aqueles dois se davam bem e isso lhe parecia muito confuso. Aquela velha casa só tinha visto dor e morte com o passar dos séculos.
Ficou acordada a noite toda para apreciar a visita  e entender melhor o que estava acontecendo. Era tão bom o clima naquela noite fresca, o melhor que já havia presenciado.
Uma pena que eles foram embora na manhã seguinte. E a casa? Bem, ela voltou a dormir.
Um tempo depois - não sei precisar quanto, ela ouviu o mesmo som das tábuas sendo tiradas. Várias pessoas começaram a passear pelo seu interior, fazer anotações e tudo mais. Mas foram logo embora.
No dia seguinte, foi acordada a marteladas. Novas pessoas perfuravam seu interior, derrubando suas paredes e quebrando suas vigas - o que lhe causava uma dor tremenda. E assim foi por longos meses.
Então, em um dia chuvoso, se viu nos espelhos que aquelas pessoas deixaram. Estava diferente. Sem mofo, sem poeira. Com nova pintura, novas janelas e nova decoração. Gostava do jeito antigo, mas sentia que a novidade era bem melhor.
Quando passou a chuva, um carro parou em sua porta. Uma menininha saiu correndo, subiu as escadas daquela velha casa e ficou pulando no seu batente.
Sentia que aquela criança também era parte dela e que já a conhecia, mas não sabia o porquê.
Então, viu sair do carro mais duas pessoas. Não os reconheceu de cara; mas, pelo jeito que se olhavam, pôde lembrar daquela situação maravilhosa. Era o casal que a fez ficar a noite toda acordada para ver o sol raiar junto com eles.

domingo, 22 de abril de 2018

“Veja as coisas por um outro ângulo.”

Você já tentou isso? Ver as coisas de uma outra forma? A falta de planejamento nos leva a pensar de forma automática a maior parte do tempo; porém, isso também está relacionado com nossa criatividade. Além disso, é bem mais fácil viver reclamando de algo que não nos esforçamos para mudar.
Antigamente eu reclamava de chegar em casa por volta de 12:00 e o almoço só ficar pronto por volta de 13:00. Todo dia era isso, minha gastrite é meu humor só pioravam; mas não havia muita coisa que eu pudesse fazer.
Certo dia, disse à minha mãe que o almoço do restaurante universitário era R$ 1,00 e ela riu dizendo que queria almoçar por esse preço - sendo que seria mais barato até que almoçar em casa. Então, as coisas ficaram mais difíceis: o dinheiro não durava nem até o meio do mês e acabávamos dependendo de meus avós. E eu?! Continuava reclamando. E chorando. Até decidir olhar as coisas por um outro ângulo. Almocei no restaurante universitário um dia para testar e percebi que já chegaria em casa ser dor no estômago e pronta para cochilar um pouco; também não gastaria tanto quanto o almoço de casa e teria coisas diferentes para comer todos os dias. Além de ter um tempo a mais com meus amigos para discutir e resolver questões tanto pessoais quanto do curso. Parei de reclamar do almoço 👍
Assim, fui estudar minha rotina e achar os pontos que poderiam ser melhorados; olhando as coisas por um outro ângulo. Consegui rever várias coisas e melhorar significativamente minha qualidade de vida (mesmo que eu saiba que  ainda tem muito a fazer).
Um filme que fala sobre ter um olhar diferente para as coisas é o “Operação Big Hero”. Vale muito a pena.

Inspirado em https://www.youtube.com/watch?v=WhBtSkuJb6g

Eu nem sei como começar a dar esse tapa na sua cara. Acho que “você está sendo um idiota” não seria apropriado e violento. Vamos para a parte em que eu te explico a besteira?
Sabe aquele cara/moça que, mesmo sendo tão ligados e sabendo que daria certo,  você  tem medo de começar um relacionamento ou de tentar algo por saber que também pode dar errado? (Agora sim) Você está sendo idiota. Ao contrário do que as outras pessoas dizem, esse sentimento não vai passar. Cada vez que olhar pra ele/ela vai se sentir como no momento em que se conheceram. E isso vai doer. Não por causa de algo que deu errado, mas por sua culpa; você é o/a único/a culpado/a. É BOM QUE SAIBA DISSO.
Essa dor vai ficar cada vez maior. Você pode tentar fingir e dizer que não é nada; porém, só vai estar se enganando. ELA SEMPRE SERÁ O FROOT LOOPS NA ESTANTE; MAS NÃO NA SUA.
A mesma coisa vale para relacionamentos que não servem mais e deixamos que se prolonguem, às vezes, pela vida inteira. ELES NÃO CABEM MAIS EM VOCÊ E PONTO. Enquanto sofre as duras limitações de uma história que não é a sua, pode ver que os outros encontram o amor verdadeiro - mesmo que este não seja uma pessoa.
Mesmo com todos esses shades que te dei, vim oferecer uma solução; afinal, sou uma administradora.
O primeiro passo é CAIR EM SI. Assista, ao menos, três filmes de princesas da Disney, ou comédias românticas. Isso fará com que você se dê conta de que a vida é bem maior que este momento e bem maior que você mesmo. Há tanta coisa para se fazer e ficamos perdendo tempo complicando as coisas. Faça um teste: imagine que está com aquela pessoa

Agora uma foto fofinha pra te inspirar s2

sábado, 9 de dezembro de 2017

Em 18/07/2017

Estava olhando pela janela, procurando algo para me inspirar. Vi várias das tuas obras; céu e grama, os pássaros e a inteligência humana. Porém, mais uma vez, a inspiração veio de ti.
Criador do universo, imagino cada passo e cada ação tua ao formar os céus. Todos os dias, essa cobertura azul se renova com tons calmos. É como a parte do teu amor que mais conhecemos, o amor que é paciente e eterno.
Se existem coisas que não têm medidas, como teu amor e teu poder, só podem vir de ti. Meu planeta parece vasto e extenso, mas tu o tens nas mãos; bem perto dos teus olhos.
Não existe nada maior que você.
...

Pessoal, perdoem a falta de postagens. Estive repensando os textos e reformulando algumas coisas. Espero que gostem das novidades. Boa leitura.

domingo, 12 de novembro de 2017

Natasha - Capítulo 17

Depois da organização dos presentes do baby chá, a vida se tornou bem mais fácil. Érica, além ter lugares estratégicos para kits de sobrevivência da Natahsa, espalhou cofres para guardar trocos ou moedas que não foram gastas e estavam entulhadas dentro da bolsa. No período em que os presentes duraram, ela conseguiu guardar um bom dinheiro.
O aniversário de Natasha estava chegando. O primeiro aninho mais aguardado da família em décadas. Sophia e o grupo de mães solo estavam super ansiosas; até as pesoas da empresa na qual Érica trabalhava estavam cobrando os convites.
Todos tinham uma expectativa muito grande; contudo, a verdade é que a moça não tinha noção do que fazer sem dinheiro e sem tempo. Então, recebeu uma notificação no celular. Era um novo grupo. "Aniversário da nossa bebê linda!". O grupo de mães solo se juntaram com Sophia e D. Amélia para bolar uma festinha especial.
Já estava tudo preparado: local, buffet, lambrancinhas, convites impressos e eletrônicos, etc. Com as coisas sendo feito por elas mesmas ou por conhecidos, tudo ficou bem mais barato e acessível.
No dia do aniversário, Érica e Natasha chegaram bem mais cedo. Ao contrário do que ocorreu no baby chá, elas conseguiram proveitar bastante a festa. 
No final da noite, Natasha já estava no andajá, que ganhou de aniversário, e as meninas estavam desarrumando a festa.
-Pessoal, muito obrigada pela colaboração de todos vocês. - Érica se emocionou.
-Own. Abraço grupal! - Gritou uma das mães do grupo.

sábado, 4 de novembro de 2017

Natasha - Cap 16


Érica gastou todas as suas economias em fraldas e outras coisas para Natasha. Já tinha pedido ajuda para Deus e o mundo; nenhum de seus amigos podia lhe fornecer mais nada. Ela chegou cansada em casa e pediu que sua mãe ficasse com a pequena por algumas horas.
-De novo? Eu també preciso trabalhar. - Foi o que ouviu. Desistiu da ideia. Abriu a porta do quarto e percebeu a bagunça da semana toda: roupas sujas e limpas misturadas pelo chão, materiais de trabalho espalhados e seu computador quase pegando fogo de tão quente (pois o deixou ligado quando saiu). Colocou a menina almofadas e alguns brinquedos sobre uma toalha e começou a arrumar o quarto. 
Ela percebeu que muitos dos presentes do chá de fraldas não haviam sido abertos ou usados e estavam empilhados; ocupando um espaço precioso. Depois de seprarar as roupas para lavar ou guardá-las no armário, organizar os materiais e deixar o computador na frente do condicionador de ar; trocou a fralda de Natasha, lhe deu uma mamadeira de mingau e a colocou no berço para que dormisse logo. Por volta das 21:00, a moça esquentou o resto do almoço e jantou; então, começou a desencaixotar o resto das coisas do chá. 
Abriu um embrulho discreto; porém, grande. Eram as ecofraldas que Sophia sempre cobrava que ela usasse. 
-Não! É trabalho demais! E eu ainda tenho reserva para comprar fraldas normais. - ela respondia. "Agora que acabaram as reservas, vou me virar com isto aqui.". Junto com elas, veio uma carta com instruções de uso feita à mão. "Use-as com responsabilidade, pois existirão outras pessoas que poderão usá-las depois de você." 
-Nossa, parece até que adquiri um super poder. - Érica revirou os olhos, descrente. 
A moça desembrulhou uma caixa cheia de diversos tipos de pomadas para assadura, talcos, lencinhos umedecidos e vários outros materiais de higiene para bebês. "Eu precisava tanto disso!". Separou um conjunto para cada lugar estratégico. 
Haviam também outra cadeira novinha para viagens, almofada para amamentação, toalhas (com e sem capuz), fraldinhas de pano, trocador portátil, babadores, etc. Muitas dessas coisa eram necessárias; mas, algumas coisas vieram repetidas ou não podiam ser usadas mais. Érica as separou para doar. A outra (grande) parte foi organizada em seus devidos lugares. 

A casa - redigido em 15/06/2018

Ela acordou ao ouvir as tábuas sendo tiradas de sua porta e os passos apressados. Depois de tanto tempo presenciando os mais diversos tipos ...